Artigo: Distalização dos molares superiores com aparelho Pendex: estudo cefalométrico prospectivo
Artigo:
Distalização dos molares superiores com aparelho Pendex: estudo cefalométrico prospectivo
Autores:
Eduardo César Almada Santos
Omar Gabriel da Silva Filho
Patrícia Maria Pizzo Reis
Francisco Antônio Bertoz
Publicação:
Resumo:
A distalização dos molares superiores constitui um desafio na correção da má oclusão de Classe II, em tratamentos sem extrações dentárias e sem avanço mandibular.
Para esse fim, o aparelho extrabucal (AEB) tem sido a preferência dos ortodontistas. O AEB é usado na Ortodontia há mais de um século, para correção da má oclusão de Classe II, com resultados satisfatórios. Mas, a relação dose/feito entre o uso do AEB e o efeito terapêutico depende, preponderantemente, da variável cooperação. Por outro lado, a cooperação tem sido o maior problema que os ortodontistas têm enfrentado na distalização dos molares. Esse último fator faz entender o significado do surgimento dos aparelhos intrabucais e fixos, em substituição ao AEB, na clínica ortodôntica.
Há uma procura por dispositivos que substituam a tração extrabucal (AEB) e que não exijam demasiada colaboração do paciente, o que estimula os ortodontistas a testarem métodos alternativos. Dentre estes, destacam-se os aparelhos Pêndulo e Pendex de Hilgers.
Assim, objetivo desse artigo foi realizar uma pesquisa que teve o intuito de avaliar, mediante a cefalometria, os efeitos do aparelho Pendex, aplicado no final da dentadura mista e na dentadura permanente.
Metodologia:
A amostra constou de 14 pacientes com má oclusão de Classe II bilateral, com média de idade de 11 anos e 3 meses. Foram tomadas duas telerradiografias em norma lateral, uma correspondente ao início do tratamento e outra aproximadamente 5 meses após sua finalização, quando a relação dos molares encontrava-se sobrecorrigida.
Resultados:
Após a determinação e mensuração das grandezas cefalométricas lineares e angulares e análise estatística, pode-se concluir que os efeitos do aparelho Pendex foram predominantemente ortodônticos: distalização da coroa dos primeiros molares permanentes numa velocidade média de 0,8 mm/mês e vestibularização dos incisivos superiores com aumento do trespasse horizontal.
Conclusão:
Assim sendo, quando há indicação para distalização dos molares, cumpre-se fazer uma análise dos fatores envolvidos, a fim de eleger, com prudência, a solução terapêutica mais adequada às exigências individuais e profissionais.
Os distalizadores têm se tornado freqüentes na Ortodontia, em detrimento ao uso do AEB. Eles têm gerado exacerbadas expectativas de distalização rápida e eficiente dos molares superiores, principalmente para os neófitos. No entanto, os conceitos físicos que regem a movimentação dentária induzida comprometem, em parte, a eficácia prometida desses aparelhos, exigindo do profissional conhecimento das suas limitações técnicas para indicá-los com realismo
Leio o artigo na integra – aqui