Dissertação: RETRAÇÃO DE CANINOS SUPERIORES COM BRÁQUETES AUTOLIGADOS E CONVENCIONAIS

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Dissertação: RETRAÇÃO DE CANINOS SUPERIORES COM BRÁQUETES AUTOLIGADOS E CONVENCIONAIS

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O objetivo deste trabalho foi avaliar e comparar o fechamento dos espaços durante a retração dos caninos permanentes superiores com os bráquetes autoligado “SmartClip” e convencional “Gemini”.

A amostra foi constituída de 13 pacientes portadores de maloclusão de Classe I com biprotrusão ou Classe II 1ª divisão de Angle, com média de idade de 18 anos e 4 meses, sendo 3 do gênero masculino e 10 do feminino. Todos os indivíduos foram submetidos à extração terapêutica dos primeiros pré-molares superiores.


A retração dos caninos foi realizada através de cadeia elastomérica com força de 150g.*
Foram analisadas a taxa da movimentação e rotação dos caninos bem como a perda de ancoragem dos primeiros molares permanentes superiores.
1 – A mensuração do fechamento dos espaços foi realizada entre o canino e o segundo pré-molar.
2 – Rotação através do ângulo formado pela intersecção da linha que passava pelos pontos de contato dos caninos com a linha da rafe palatina mediana.
3 – A perda de ancoragem foi medida por um guia adaptado às rugas palatinas nos modelos de gesso inicial e final.

CONCLUSÃO
Com base na metodologia empregada e diante da análise dos resultados obtidos, pode-se estabelecer as seguintes conclusões:

A velocidade média de movimento dos caninos permanentes superiores não apresentou diferença significante entre os grupos bráquete autoligado e bráquete convencional;
Os caninos permanentes superiores apresentaram rotação distal durante o movimento de retração, sendo que esta foi significativamente menor no grupo do bráquete autoligado;
Ocorreu perda de ancoragem dos primeiros molares permanentes superiores em ambos os tipos de bráquetes, não havendo diferença significante entre os dois sistemas

Os resultados demonstraram que o bráquete autoligado apresentou taxa média de movimentação mensal de 0,92mm, rotação de 8,46°dos caninos superiores e a perda de ancoragem de 0,65mm.

O bráquete convencional apresentou taxa média de movimentação mensal de 0,84mm, rotação de 11,77°dos caninos superiores e a perda de ancoragem de 0,57mm.

- Não houve diferença significativa entre a taxa de movimentação dentária dos caninos entre os dois tipos de bráquetes.
- O controle de rotação dos caninos foi melhor promovido pelo bráquete autoligado.
- Ocorreu perda de ancoragem para ambos os grupos, sem diferença estatística entre eles.

Os dados obtidos foram submetidos a análise estatística através do teste t-Student considerando o nível de significância de 5%.

Leia a Dissertação na integra – aqui

*Molas de níquel-titânio ou cadeias elastoméricas?
Os materiais mais utilizados para a aplicação da força para a distalização dos caninos são as molas de níquel-titânio e as cadeias elastoméricas.
Estudos in-vitro demonstram claramente que as propriedades das molas de níquel-titânio são superiores aos das cadeias elastoméricas, principalmente no que diz respeito a constância da força liberada (NATTRASS; IRELAND; SHERRIFF, 1998; TRIPOLT ET al., 1999; LOFTUS; ARTUM, 2001; KIM et al., 2005).

Porém, os poucos estudos clínicos comparando os dois materiais mostram resultados intrigantes. Um estudo determinou superioridade para as molas (DIXON et al., 2002), outro apresenta melhores resultados para as cadeias elastoméricas  (PINTO, 2006) e ainda há os que não mostram superioridade para nenhum sistema (NIGHTINGALE; JONES, 2003; BOKAS; WOODS, 2006).
Enquanto o nível de evidência disponível para comparar estes dois métodos de aplicação da força ainda é baixo, pode-se concluir que as cadeias elastoméricas são tão efetivas e certamente mais acessíveis do que as molas de níquel-titânio para a retração dos caninos pela mecânica de deslizamento (BARLOW; KULA, 2008).

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