EFEITOS DELETÉRIOS DA FORÇA ORTODÔNTICA

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EFEITOS DELETÉRIOS DA FORÇA ORTODÔNTICA

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O segredo de se produzir movimento dentário ortodonticamente depende da aplicação de uma força adequada, aplicada em uma percentagem de tempo considerável e do caráter desta força. A resposta à aplicação de uma força ortodôntica é uma questão da magnitude desta força.
Podemos aplicar, durante o tratamento ortodôntico, uma força leve ou uma força ótima. Essas forças leves são compatíveis com a sobrevivência das células do Ligamento Periodontal e resulta uma remodelação alveolar com menos dor.
Por impaciência ou por imperícia, mas sempre com o intuito de ver os eventos planejados acontecerem, forças de grande magnitude podem ser aplicadas, durante a movimentação ortodôntica. Essas forças podem acarretar resultados deletérios. 
Como:

a) DOR e MOBILIDADE – Ao contrário das forças leves, que no momento da aplicação não provocam dor e levam o paciente apenas a um ligeiro desconforto para mastigar durante 2 a 3 dias, as forças pesadas podem ser muito doloridas. Quanto maior a força, maior a dor, considerando os outros fatores constantes.
No movimento dentário ortodôntico, as fibras se separam do osso e cemento, e posteriormente são reinserias. Radiograficamente pode ser observado um alargamento do espaço periodontal durante o movimento dentário ortodôntico. Um aumento moderado na mobilidade é, portanto uma resposta esperada para o tratamento ortodôntico. Porém, se um dente se torna extremamente móvel durante o tratamento, todas as forças deverão ser removidas até que a mobilidade diminua para níveis moderados. Diferente da reabsorção radicular, a mobilidade excessiva normalmente se autocorrigirá sem dano permanente.


                               Forças leves – produz movimento dental mais efetivo,  é conhecida como força ótima. Burstone define força ótima como aquela que proporciona uma movimentação dental rápida, sem desconforto para o paciente e sem dano tissular. Produz reabsorção frontal.

                               Forças pesadas – produzem grande quantidade de áreas de hialinização. Produz reabsorção solapante.



b) REAÇÕES PULPARES – Embora as reações pulpares ao tratamento ortodôntico sejam mínimas, há uma leve e transitória resposta inflamatória pulpar, pelo menos no início do tratamento. Entre os achados mais freqüentes estão os distúrbios circulatórios, inflamação pulpar, atrofia de alguns grupos celulares e até mesmo calcificações pulpares. Seu efeito deletério parece ser tanto maior quanto mais pesadas e contínuas forem as forças ortodônticas, podendo chegar, inclusive, à hemorragia ou morte pulpar.
Uma vez que a resposta do ligamento periodontal, e não a pulpar, é o elemento-chave para o movimento dentário ortodôntico, mover dentes tratados endodonticamente é perfeitamente viável. Algumas evidências clinicas indicam que dentes tratados endodonticamente são levemente mais susceptíveis à reabsorção radicular que os dente com vitalidade normal. No entanto, estudos mais recentes afirmaram, justamente, o contrário. Dentes vitalizados são mais susceptíveis à reabsorção radicular que dentes tratados endodonticamente.

c) ALTERAÇÕES RADICULARES – O quadro mais freqüente observado de alterações radiculares é a perda de parte do ápice radicular, como resultado da movimentação dental. Kennedy afirma que esta reabsorção estaria em torno de 1 a 2 mm, o que representaria 6 a  9% da área radicular.

d) ALTERAÇÕES NA CRISTA ÓSSEA ALVEOLAR – Uma vez que a presença do aparelho ortodôntico aumenta a quantidade de inflamação gengival, mesmo com boa higiene, o resultado de um longo período de terapia ortodôntica é a perda óssea na crista alveolar, que em geral está abaixo de 0,5 mm.

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