O Péssimo Hábito de Respirar pela Boca (FANTÁSTICO VÍDEO)

O Péssimo Hábito de “Respirar pela Boca”

O padrão NORMAL de respiração é quando o ar passa pelo NARIZ. A medida que crescemos alguns fatores como pólen, leite de vaca e outros fatores podem levar a reações alérgicas aumentando alguns órgãos linfóides – como, por exemplo, as vegetações adenoideanas e tonsilas. Este aumento de volume pode interromper a passagem de ar pelas vias aéreas superiores levando, por consequência, uma lenta transição para o hábito de respiração bucal, como forma primária de oxigenar o corpo. Ao respirar pela boca, a mandíbula desloca-se para baixo levando a língua a assumir uma posição mais inferior, inclusive, repousando entre os dentes.

A respiração nasal é a forma correta de carrear oxigênio para os tecidos pois, ao manter a língua em contato com o palato, ela garante um equilíbrio entre os músculos externos (bochechas) e os internos (músculos linguais). Quando a respiração assumi a modalidade bucal, a pressão exercida pelos músculos externos não pode ser contraposta pela força da língua, resultando em um sistema desiquilibrado que poderá deformar o arco superior. Assim, com a respiração pela boca, a maxila vai se tornando cada vez mais triangular (em forma de “V”) e perdendo a sua forma ideal de “U”.

Este hábito também pode alterar a deglutição. A leve pressão imposta pela língua sobre o palato no ato de uma deglutição normal vai sendo substituído por um pressionamento atípico contra os dentes anteriores, causado principalmente pela postura mais baixa e anterior dos músculos linguais. Além do mais, o constante hábito de “ficar com a boca aberta” permite a extrusão patológica dos incisivos.

Estas alterações verticais nos dentes inferiores levam a uma deformação no arco, evidenciada pela formação de dois planos oclusais e pela presença de contatos prematuros nos movimentos de abertura e fechamento da boca; e por conseguinte, induzem a mandíbula a assumir uma postura mais posterior que a posição fisiológica ideal. A trajetória da mandíbula para trás pode arrastar o disco articular para frente enquanto o côndilo acaba comprimido no espaço retromolar e é esta fuga do disco para frente, no momento do fechamento da boca, que provoca o típico barulho de “CLICK” na articulação. A repetição deste movimento aliada a postura compensatória da mandíbula induz a hipertonia da musculatura externa podendo se manifestar com espasmos e/ou cefaléias tensionais.

A posição incorreta da mandíbula pode gerar também interferências oclusais e parafunções como o bruxismo (ou briquismo), que, em longo prazo, poderá originar grandes facetas de desgaste, redução do tamanho dos dentes e severa degeneração articular.

Os prejuízos na ATM se manifestam primeiramente por alterações no formato da cabeça da mandíbula e depois por mudanças na função ligamentar evoluindo para quadros mais severos.

Por fim, a postura retraída da mandíbula pode levar a obstruções de todo o “funil respiratório”, obrigando o paciente a projetar a cabeça para frente para respirar melhor. Esta adaptação postural estressa e fadiga os músculos do pescoço, costas e ombros que podem; em resposta,  apresentar sintomatologia dolorosa.