Cientistas da USP desenvolvem espécie de fita adesiva que libera anestésico

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Cientistas da USP desenvolvem espécie de fita adesiva que libera anestésico

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PESQUISADORUm produto desenvolvido em laboratórios da USP em Ribeirão Preto promete minimizar aquela “aflição da picada de agulha” para anestesia bucal. Trata-se de uma fita adesiva que, enquanto fica grudada na gengiva, vai liberando o anestésico.

Foram anos de estudos, buscando alívio das tensões experimentadas nos consultórios dentários, e enfim a equipe de pesquisadores das Faculdades de Ciências Farmacêuticas (FCFRP) e de Odontologia (FORP), ambas da USP em Ribeirão Preto, chegou a um “filme mucoadesivo anestésico”, uma espécie de fita como um esparadrapo biocompatível e biodegradável. É feito com polímero de baixo custo, a hidroxipropilmetilcelulose (HPMC), um derivado de celulose vegetal bastante utilizada nas áreas farmacêutica, cosmética e de alimentos. Os “filmes são produzidos com espessura ideal e dimensão, flexibilidade e resistência mecânica adequadas para a administração na mucosa”.
A equipe de pesquisador adianta que faltam ainda mais estudos para confirmar os filmes mucoadesivos como substitutos das injeções de anestesias, principalmente em “procedimentos cirúrgicos mais invasivos e complexos”. Mas, afirma que o produto pode ser efetivo em microcirurgias; extração de dentes de leite em crianças e raspagem e curetagem dental em adultos.
Os testes mostram que os filmes reduzem a sensação dolorosa, tanto superficial quanto profunda. A ação anestésica começa após cinco minutos de adesão à mucosa gengival, “atinge efeito máximo entre 15 e 25 minutos e duram por 50 minutos, que é o tempo médio de um procedimento cirúrgico odontológico”

A equipe comemora, pois acredita que tenha conseguido, no mínimo, eficiente efeito pré-anestésico, no qual o paciente não sente a punção da agulha (a picada) durante a anestesia. Argumenta Couto que esses resultados trazem avanços na prática clínica odontológica, com aumento da segurança – tanto pacientes quanto dentistas expostos a acidentes com agulha, e com aumento da adesão ao tratamento daqueles que são afugentados dos consultórios por medo das agulhas.
Os estudos continuam, seja para comparar fórmulas, testar sensibilidades, aderências e chegar à total substituição das agulhas. Se a equipe conseguir seus objetivos, os benefícios devem se estender a todo mundo já que a carência por produtos que diminuam a fobia a tratamentos odontológicos não é prerrogativa brasileira.

FONTE:
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – RIBEIRÃO PRETO

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