DIASTEMAS QUE NÃO SE FECHAM OU QUE ABREM NOVAMENTE: QUAL A SOLUÇÃO?

Na maior parte dos casos, essas condições ocorrem por dois fatores:
– Edema gengival, pode ser, também, o freio labial.
– Contato oclusal prematuro.

I – Edema Gengival:
Se a papila está muito edemaciada, as fibras estão comprimidas e não se remodelam facilmente, por isso, após fechado o espaço, quando se remove a força, o diastema se abre novamente.
O problema deve ser resolvido antes da remoção dos aparelhos ortodônticos. Assim a cirurgia de plastia gengival é feita durante o tratamento ortodôntico. A grande vantagem da cirurgia ainda com o aparelho é que as margens gengivais ficam mais evidentes, permitindo posicioná-la, adequadamente, com a movimentação dentária.
Nos casos onde há presença da inserção baixa do freio labial idealmente deve-se, também, realizar a cirurgia com o aparelho e após o fechamento dos espaços, pois o tecido gengival cicatriza na posição na posição final, favorecendo a estabilidade dos espaços.

II – Prematuridade Oclusal:
A prematuridade oclusal ocorre quando o espaço sagital para fechar o diastema não está disponível. Assim os dentes inferiores contatam os superiores e forçam a reabertura do espaço ou não permite o fechamento do diastema.
As causas da prematuridade podem ser várias:
1 – Curva de Spee não planificada. -> Solução, corrigir a curva de Spee.
2 – Deficiência de torque superior. -> Solução, aumentar o torque dos incisivos superiores, criar um trespasse horizontal adequado e, então, promover o fechamento dos espaços.
3 – Desvio de RC para MIH. -> Solução, localizar a prematuridade, reposicionar o dente ou ajustá-lo, visualizar o trespasse horizontal e fechar o espaço.
4 – Recidiva de apinhamento inferior. -> Solução, é realinhar os dentes e reposicionar a contenção.

Fonte:
Jason, M Diastemas anteriores que não se fecham ou que se abrem novamente após fechados: diagnóstico e solução – Rev clin Ortod Dental Press 2016 dez 2017 Jan: 15 (6)28-32